domingo, 19 de agosto de 2007

AS ESCOLHAS DE MADALENA

Do Blogue "Chora que Logo Bebes", de Madalena:

Sexta-feira, 17 de Agosto de 2007
Corrente de fitas

Estas fitas também me ensinaram a vida como ela é. Sabe-me bem recordá-las e por isso fiquei feliz quando li no Chuinga que tinha sido eleita para falar das fitas da minha vida.
Obrigada, IO!

Quanto aos cineastas... é melhor irem agarrados aos filmes. Sempre dá para disfarçar a minha pouca atenção ao nome dos cineastas, sobretudo em filmes de muito antigamente.

E para que ninguém se espante de existir, a abrir a lista e é mesmo a abrir a lista, o Cinema Paraíso, de Giuseppe Tornatore.
Life isn't like in the movies. Life... is much harder.
A partir daqui a ordem é a que a minha memória ditar.
A fita que se segue é velhinha: Goodbye Mr Chips, de Sam Wood!
I don't see how you could ever get old in a world that's always young.

E a maré dos professores parece que vai inundar esta corrente: O Clube dos Poetas Mortos,de Peter Weir. Este filme modificou certamente muitos comportamentos, tanto de pais como de professores.
We read and write poetry because we are members of the human race.
Isto dos filmes traz-me à ideia as salas de cinema, o ritual social e cultural da ida ao cinema, as "matinés" do Gil Vicente, do Scala..

Foi no Scala que eu vi, pela primeira vez, claro!, My Fair Lady, de George Cukor. Foi uma espécie de presente de passagem. Coisa pouca para hoje, coisa muita para esse tempo. Não se fazia culto de acumular recompensas. Mas a ocasião requeria alguma solenidade o filme em si pedia solenidade. E houve essa solenidade!
The difference between a lady and a flower girl is not how she behaves, but how she is treated.
Bravo, Eliza!

Finalmente um filme e um cineasta: E.T., Spielberg.
Only little kids can see him. O E.T. é o Petit Prince do Cinema, com o mesmo apelo ao uso dos olhos do coração. Há, certamente, dentro de nós, lunetas de criança, que estarão sempre à mão, para nos ajudarem a ver o que apenas as crianças conseguem ver.
Dos "loucos anos sessenta", chega-me à lembrança o cinema francês, de que nem todos gostavam. Pouca acção diziam alguns, já viciados na turbulência dos filmes americanos. Mas as opiniões contra acalmaram com "Um Homem e uma Mulher" e o célebre ba da ba da da ba da ba da em tema de fundo. Lelouch, claro!

Nos anos setenta, o "Vietnam" assolou naturalmente a literatura e o cinema.
O Regresso dos Heróis (Coming Home), de Hal Ashby é um filme simples que ensina os efeitos da guerra nas pessoas, que ensina a esperança de vencer alguns efeitos, induzindo uma reflexão que ainda hoje faz sentido. I have killed for my country, or whatever, and I don't feel good about it.

E continuando "no Vietnam" e na década de setenta, "aparece-me" o som de Hair. Foi filme, "cassete" e agora DVD.
Milos Forman.
Give me a head with hair, long beautiful hair, shining gleaming steaming flaxen waxen. Give me it down to there, hair, shoulder length or longer, here, baby, there, mamma, everywhere, daddy daddy hair! Flow it, show it, long as God can grow it, my hair!

Um filme pode tornar-se um dos filmes da nossa vida por razões muito diversas. Uma dessas razões pode chamar-se Meryl Streep. "Out of Africa" e Sidney Pollack. Passei a conhecer Karen Blixen.
In the day-time you felt that you had got high up; near to the sun, but the early mornings and evenings were limpid and restful, and the nights were cold.
(Outra razão pode chamar-se Robert Redford!)

Por fim, sem ser em último, A Passagem para a Índia, de David Lean.
My dear, life rarely gives us what we want at the moment we consider appropriate.

E por fim e por último, as dez vítimas que devem alimentar esta corrente:
Pitucha, Laura, Teresa, Nini, João, Alexandre, Ti, Isabel, Eduardo e Pedro!

2 comentários:

Logros disse...

Caríssimos,

Passei aqui via "Da Literatura", dei uma vista de olhos e admira-me não ver aqui nada do meu bem-amado Fellini, de quem "La stradda" é um ícone. Aliás amei a grande filmografia italiana:De Sicca, Visconti, Bertolluci, com os seus "Ladrões", "Leopardos" e "Imperadores".E também a francesa;"la porte des lilás", "Je vous salue Marie", "Carmen", etc
E já agora não fica nada mal relembrar do nosso Manoel de Oliveira o "Aniki-Bobó", "Francisca" ou "Vale Abraão".

"Os morangos silvestres" a "Sonata de Outono" ou a "Sarabande" do grande Bergman, e tantos outros, de gente fabulosa, como por exemplo "O piano" de Jana Campion ou outos como "A festa da Babette" ou "M. Buterfly", etc, etc. Maravilhosos.

Também adorei coisas yankees, que por serem já tão referidas,não vou repetir.

Cumprimentos de muito apreço para o realizador de "Manhã Submersa", que conheço bem em luvro e em filme. E não se esqueçam que o cinema português, nasceu aqui no Porto, com o Aurélio Pais dos Reis.

Peço desculpa se as minhas achegas já estão referidas mais atrás, pois só li os últimos posts. Terei de voltar com mais vagar.

I.

João Paulo Pedrosa disse...

Pois é, na minha lista nada de portugueses ou espanhóis, mas foi feita assim de repente, e em apenas 10 calharam estes:

Tango Lesson,de Sally Potter

Trinitá, Cowboy insolente, de...

Aeroplano, de ...

Blade Runner, de Ridley Scott

Os condenados de Shawshank, de ...

Ladrões de bicicletas, de Vitorio de Sicca

A vida é bela, de Roberto Benigni

A sombra do guerreiro, de Akira Kurosawa

Herói de Zhang Ymou

Paris Texas, de Wim Wenders

João Paulo Pedrosa